24 Apr 2019 07:56
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<p>São Paulo - Uma loja na Rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo, é acusada de ter expulsado, por racismo, um pirralho de oito anos que estava pela calçada em frente à sua fachada. O relato, publicado pelo pai do pirralho no Facebook, está reverberando nas mídias sociais. Por opinião de uma amiga, ele tornou a post pública e logo recebeu o suporte de milhares de pessoas indignadas com o sucedido - até às 19h30 dessa terça, já eram mais de 2,5 mil compartilhamentos.</p>
<p>De acordo com Duran, seu filho de 8 anos foi vítima de racismo na porta da Animale, loja que tem uma de suas unidades pela Estrada Oscar Freire, em São Paulo. No último sábado, 28, ele passeava na localidade com o filho e a mulher, a assistente social Ednilce Duran.</p>
<p>“Ela estava numa loja de sapatos e eu e meu filho fomos obter sorvete. Como nos desencontramos, paramos na porta da loja para ligar para ela”, conta ele. Só Eu Vejo Desta maneira? Foi no momento em que uma vendedora saiu, olhou para meu filho e disse: Ele não poderá vender essas coisas por aqui. Fiquei sem reação e fomos ainda que.” Duran disse que, revoltado, chegou a reverter à loja mas, desprezado na funcionária, achou melhor sair sem brigar. Ele não registrou boletim de situação e diz que não pretende processar a marca.</p>
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<p>“Isso leva bastante tempo e preferi levantar a dúvida de outra forma”, declara. No início da noite desta terça, no momento em que a reportagem telefonou pra unidade Oscar Freire da loja, quem atendeu diretamente a ligação foi um funcionário afirmando ser assessor de imprensa. A corporação, porém, preferiu se posicionar a partir de nota, explicando “que de imediato entrou em contato com Jonathan Duran e reitera que repudia cada feito de discriminação”.</p>
<p>A resposta não convenceu a família Duran, que ainda aguarda um pedido de desculpas oficial. “Não está nada resolvido. Abri um diálogo com eles, contudo me decepcionei de novo com a figura da organização. O pedido foi fraco”, anuncia o pai. Em nota postada pela página da grife no Facebook, a Animale diz que “sempre se posicionou de forma democrática em todas as sua expressões”. Chamou ainda os freguêses pra conhecerem as lojas, que têm, segundo a corporação, “uma enorme equipe construída por profissionais das mais diversas etnias, orientações sexuais e credos. Sem limitações de imagens perfeitas impostas pela moda”.</p>
<p>Duran não parece convencido pela postagem. “Está claro que foi um texto escrito por advogados e relações públicas para não comprometer a imagem da marca”, comenta. Pra ele, o racismo no Brasil acontece de maneira velada e precisa ser falado com emergência. “Acho irônico que isso tenha acontecido bem na Oscar Freire.</p>
<p>No mundo do meu filho, 'Desemprego Eficiente': Como Utilizar O Tempo Livre Para Acrescentar Suas Chances De Trabalhar - Carreiras é de categoria média, não há muitos negros. Ele não sabe o que é isso ainda, no entanto de algum jeito sente. Sou da Luisiana, estado americano que tem vários negros. Em uma viagem recente para lá, ele me citou. São Paulo - Na última quinta-feira, a rede de lojas de departamento Riachuelo foi alvo de denúncias por racismo, ao divulgar uma campanha em que uma mulher negra servia uma branca. No entanto, este não foi o primeiro caso. Marcas como Nivea, Dove, Bombril e Microsoft já protagonizaram episódios desta forma e tiveram que se desculpar diante aos clientes.</p>